Páginas que lembrarão pessoas, seres ainda viventes em muitos corações. Folhas de papel escrita em nanquim e pena de urubu, por isso quebra a toda hora o certo e o errado.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
sábado, 26 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Silêncio
Hoje quero escrever um poema mudo
Um poema que dê pra gritar
Para o infinito ouvir
Um poema tão calado
Que até mesmo uma torcida
Escuta ele soluçando
O poema que escrevo
Vai uivar para a lua
Como um cão no cio
Como se fosse gritar
Em um convento
Quero escrever um poema calado
Que berre por todos os lados
Que geme de prazer
Toda vez que grita
Para ninguém escutar
Esse poema calado
Vai dizer para todo mundo
Que ele não quer falar
Que apenas vai parafrasear
Que vai gritar na forma de escrita
Um fino sentimento de dor
Uma sensação calada
Um tiro no muro
Para derrubar o adversário
Esse poema não vai dizer nada
Esse poema está mudo
Gritando para o silêncio
Que não vai mais falar nada.
Leandro Sena
Uma palavra a Saramago
Perdemos aqui um poeta
Ganhou os deuses uma palavra
Um poeta que deixou seu sentimento
Riscado em um papel
Que fez de suas palavras
Uma cena que nem todos poderiam ver
Mas escutaram no coração o grito de Saramago
O poeta que foi
Deixou todos os seus desejos
Deixou toda sua palavra
Deixou aqui o que ainda vai
Muitas vezes escrever nos
Sonhos de muitas pessoas
O poeta foi
O sentimento fica
E o que ele acredita ficou
Que é a palavra sonhada nos corações
Dos seres que ficaram
Leandro Sena