
Festival de bonecos, e uma lind tarde!!!
Páginas que lembrarão pessoas, seres ainda viventes em muitos corações. Folhas de papel escrita em nanquim e pena de urubu, por isso quebra a toda hora o certo e o errado.
Quando criança sonhava em pegar uma estrada
Viajar para bem longe
Mas acabava repousando num anel de saturno
Quando poeta tentava escrever palavras bonitas
Tentava tornar-me um poeta puro
Mas acabava sonhando com poemas parafraseados
Quando escritas, essas palavras escorriam sobre o papel
Fazendo a caneta lamber o pensamento
E registrar idéias numa árvore em branco
Pensava em criar novos mundos
Viajar pelas estradas
Banhar num lamaçal de palavras
Acordar numa cama com a mulher que desejava
Quando pensei que lembrava de tudo
Esqueci de falar para uma mulher
O como ela era linda
O quanto ela me fazia bem
O quanto ela me dopava
O quanto eu a desejava
Quando lembrei de tudo
Num era mais criança
As nuvens não eram de algodão
A água não era pura
E você não mais me amava.
Leandro Sena
Um cantinho, um violão
Este amor, uma canção
Pra fazer feliz a quem se ama
Muita calma pra pensar
E ter tempo pra sonhar
Da janela vê se o Corcovado
O Redentor, que lindo
Quero a vida sempre assim
Com você perto de mim
Até o apagar da velha chama
E eu que era triste
Descrente desse mundo
Ao encontrar você eu conheci
O que é felicidade, meu amor
Um cantinho, um violão
Este amor, uma canção
Pra fazer feliz a quem se ama
Muita calma pra pensar
E ter tempo pra sonhar
Da janela vê se o Corcovado
O Redentor, que lindo
Quero a vida sempre assim
Com você perto de mim
Até o apagar da velha chama
E eu que era triste
Descrente desse mundo
Ao encontrar você eu conheci
O que é felicidade
O que é felicidade
O que é felicidade, meu amor.
Entre o caos a cena
Entre o beijo a língua
Entre a língua a saliva
Entre a palavra e o papel
Fica a carne e a madeira
Entre o falo e a vulva
Fica o prazer
Entre os corpos
Sobra o suor e o desejo
Entre o céu e a terra
O mar e os indivíduos
Entre o som e o ouvido
Afasta o silêncio
Entre a brincadeira
O riso
Entre a memória
O pensamento e o raciocínio
Entre o chão
Ficam os pés
Entre as pessoas atração
Entre as coincidências
Aparências reais
Entre a amizade
O conforto
Entre o desejo e a ligação
A coincidência
Entre tudo o caos
Entre...
Entre por favor!
Leandro Sena
Era Areia
Um grão de areia
Que incomodava meu sapato
Mas o suor do álcool
O cheiro másculo da homossexualidade
Me fazia esquecer a areia
Da praia que não pisei
Sabe a fumaça do cigarro?
Ela foi a neblina da minha madrugada
Embaçando minhas vistas da razão
Uma vista turva
Em meu pensamento
Será a batida do som
O holocausto da minha felicidade?
Tomara, pois quero conhecer
A madrugada pala luz da lua
Mendigos, putas, garçons, e jovens
Me encontrarão no coletivo da madrugada
Desce mais uma batida sonora
Que minha embriagues
Já está lúcida
Leandro de Sena
Queria
Queria escrever um sentimento
Que não viria do pensamento
Queria escrever apenas uma palavra
Que o sonho não pudesse acordar
Que no choro não houvesse lágrimas
E que pelo caminho Não existisse estradas
O sentimento que quero
É o que geme
Na velocidade do orgasmo
Que eu tenho
Quando não tenho o desejo
Pero de mim
Se me desejar o sentimento
Quero apenas o corpo
Da sua palavra
Quero o primogênito
Do que sempre sentiu
Quero o quarto
Onde tranca essa palavra
Onde cabem as quedas do sangue
Onde a lembrança acaba aqui
Onde a frase do poema
Apenas soluça um fim
Leandro de Sena